Sol em Londres

Saturday, April 30, 2005

1001 ideias com Nicola

Heya!

Mais notícias... bem, já começo a ter dificuldade em ir escrevendo o que faço, o tempo passa, as "coisas" fazem-se e acabam por não ser escritas (já é tarde... perdoem-me a falta de nexo).

Quarta-feira passada dei por mim aos saltos de alegria numa rua ao saber que no dia seguinte o Nicola Conte vinha a Londres para um espectáculo. Veio mesmo a calhar, porque várias coisas juntas e que estavam a desabar ao mesmo tempo contribuíam para uma moral em baixo. Felizmente só durou um dia e pouco, abençoada Londres que não deixa que a monotonia se apodere da minha vida. Então lá vou, todo contente, ver o Sr. Conte ao Jazz Café, acompanhado de um grande grupo de desconhecedores que nunca ouviram falar no mister (mas que mesmo assim pagaram as mesmas 15 libras que eu). O Jazz Café é um sítio pequenino, de dois pisos, com um palco também "canininho" e onde já ouvi dizer que foram tocar nomes conhecidos, entre eles, o da maravilhosa Cibelle... ahhhh... porque é que eu não estava por cá nessa altura! Passando à frente e sendo mais rápido, que a ideia não é aborrecer ninguém, o Nicola apareceu com uma banda composta por contra-baixo, bateria, piano, saxofone, uma gaja na voz e no trompete.... Fabrizio Bosso! Um gajo que no ano passado fui ver ao vivo à Scuderia, um bar 5 estrelas em Bologna, Itália, e que achei o f.d.p. mais arrogante de sempre, com uma pose em palco ao ataque, mas que foi também um dos melhores espectáculos a que tinha ido. O gajo foi genial nessa noite e qual não foi a minha surpresa ao vê-lo aparecer aqui, para tocar com a banda do Nicola Conte... ou seja, ele é parte integrante dela... mmm, afinal o rapazola até que pode ter alguma razão para ser arrogante! Foi uma coisa sensacional, todos os músicos em palco eram excepcionais conseguindo momentos de improviso do outro mundo. Valeu mais que a pena!

Hoje à noite decidi voltar a Brick Lane, perto de Liverpool Street, a um bar chamado 1001. Brick Lane é uma zona super alternativa de Londres, que está a começar a atrair gente mais "posh" à medida que se vai tornando mais conhecida, faz-me lembrar muito o bairro alto. Bem, hoje apareço por lá e mais uma vez, fiquei supreendido. Primeiro, porque o som estava uma merda, depois porque estava com metade da gente que tinha da última vez que lá tinha estado. Dois amigos meus foram-se embora ao fim de uns 15 minutos. Azar o deles!!!! Não tinha reparado que desta vez havia uma porta que dava para uma zona nova, aberta de propósito para o "Weekend of Music and Art Festival". Num espaço que parecia um parque de estacionamento vazio, as paredes estavam cheias de graffitis acabados de pintar desde a tarde até perto das 23, integrado no tal festival, algumas luzes meio refundidas a darem um ar de beco mal iluminado, ambiente meio chunga, pessoal do mais simples e estranho que vi, mas não estranho pela negativa, digamos que algo como "super-alternativo". Uns colunões montados para a ocasião e um som.... !!!! O som estava demais, não sei bem o que lhe chamar, mas algo dentro da onda Dj Patife, Marky, mas bem mais acelerado! Estava tudo aos saltos, gajos a dançarem algo parecido a break dance a 100 à hora, um ambiente alucinado e contagiante que obrigava a saltar. Passado um bocado dou por mim a reservar uma área com 2 metros de diâmetro à minha volta, tal era a energia com que me mexia. Uma festa alucinada, e à borla! Não paguei absolutamente nada para entrar. Não consigo bem descrever o que foi, mas dei por mim a pensar "mais uma vez dou por mim numa destas festas alucinadas de que já tinha ouvido falar, organizadas por pessoal apaixonado por esta onda e cheio de gente com vontade de se divertir". Uma experiência a repetir. Parece que eles estão com ideias de fazerem um "Festival of Music and Art" por mês. Venha ele!

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