1001 ideias com Nicola

Heya!

Mais notícias... bem, já começo a ter dificuldade em ir escrevendo o que faço, o tempo passa, as "coisas" fazem-se e acabam por não ser escritas (já é tarde... perdoem-me a falta de nexo).

Quarta-feira passada dei por mim aos saltos de alegria numa rua ao saber que no dia seguinte o Nicola Conte vinha a Londres para um espectáculo. Veio mesmo a calhar, porque várias coisas juntas e que estavam a desabar ao mesmo tempo contribuíam para uma moral em baixo. Felizmente só durou um dia e pouco, abençoada Londres que não deixa que a monotonia se apodere da minha vida. Então lá vou, todo contente, ver o Sr. Conte ao Jazz Café, acompanhado de um grande grupo de desconhecedores que nunca ouviram falar no mister (mas que mesmo assim pagaram as mesmas 15 libras que eu). O Jazz Café é um sítio pequenino, de dois pisos, com um palco também "canininho" e onde já ouvi dizer que foram tocar nomes conhecidos, entre eles, o da maravilhosa Cibelle... ahhhh... porque é que eu não estava por cá nessa altura! Passando à frente e sendo mais rápido, que a ideia não é aborrecer ninguém, o Nicola apareceu com uma banda composta por contra-baixo, bateria, piano, saxofone, uma gaja na voz e no trompete.... Fabrizio Bosso! Um gajo que no ano passado fui ver ao vivo à Scuderia, um bar 5 estrelas em Bologna, Itália, e que achei o f.d.p. mais arrogante de sempre, com uma pose em palco ao ataque, mas que foi também um dos melhores espectáculos a que tinha ido. O gajo foi genial nessa noite e qual não foi a minha surpresa ao vê-lo aparecer aqui, para tocar com a banda do Nicola Conte... ou seja, ele é parte integrante dela... mmm, afinal o rapazola até que pode ter alguma razão para ser arrogante! Foi uma coisa sensacional, todos os músicos em palco eram excepcionais conseguindo momentos de improviso do outro mundo. Valeu mais que a pena!

Hoje à noite decidi voltar a Brick Lane, perto de Liverpool Street, a um bar chamado 1001. Brick Lane é uma zona super alternativa de Londres, que está a começar a atrair gente mais "posh" à medida que se vai tornando mais conhecida, faz-me lembrar muito o bairro alto. Bem, hoje apareço por lá e mais uma vez, fiquei supreendido. Primeiro, porque o som estava uma merda, depois porque estava com metade da gente que tinha da última vez que lá tinha estado. Dois amigos meus foram-se embora ao fim de uns 15 minutos. Azar o deles!!!! Não tinha reparado que desta vez havia uma porta que dava para uma zona nova, aberta de propósito para o "Weekend of Music and Art Festival". Num espaço que parecia um parque de estacionamento vazio, as paredes estavam cheias de graffitis acabados de pintar desde a tarde até perto das 23, integrado no tal festival, algumas luzes meio refundidas a darem um ar de beco mal iluminado, ambiente meio chunga, pessoal do mais simples e estranho que vi, mas não estranho pela negativa, digamos que algo como "super-alternativo". Uns colunões montados para a ocasião e um som.... !!!! O som estava demais, não sei bem o que lhe chamar, mas algo dentro da onda Dj Patife, Marky, mas bem mais acelerado! Estava tudo aos saltos, gajos a dançarem algo parecido a break dance a 100 à hora, um ambiente alucinado e contagiante que obrigava a saltar. Passado um bocado dou por mim a reservar uma área com 2 metros de diâmetro à minha volta, tal era a energia com que me mexia. Uma festa alucinada, e à borla! Não paguei absolutamente nada para entrar. Não consigo bem descrever o que foi, mas dei por mim a pensar "mais uma vez dou por mim numa destas festas alucinadas de que já tinha ouvido falar, organizadas por pessoal apaixonado por esta onda e cheio de gente com vontade de se divertir". Uma experiência a repetir. Parece que eles estão com ideias de fazerem um "Festival of Music and Art" por mês. Venha ele!

Miguel Migs @ Neighbourhood

Acabei de chegar de mais uma noite na Neighbourhood. Aquele sítio sabe mesmo ter alguns dos melhores Djs por lá e sabem o que é uma festa. Desta foram Shane Watcha e Raymundo Rodrigues, que estiveram a aquecer o pessoal para a entrada em grande do Miguel Migs. Pois é, este rapazola sabe estar à altura das espectativas que criam à volta do seu nome. Na onda drum'n'bass, mais para o Funky House, isto é, totalmente comercial! ele faz o que é preciso para por toda a gente a saltar, com algumas das melhores melodias, vozes, percussão, enfim, os clichés, mas que resultam.
Não tenho muito mais paciência para escrever. Amanhã, ou algures depois, há mais.

Back to sunny London

Pois é, estou de volta a Londres.
A viagem para cá foi meio alucinada.., isto é, acho que eu é que estava meio a alucinar, depois de ter saído de uma festa às 5 da manhã onde bebi e dancei à medida da festa. Isto é, uma festa de despedida tem que ser em grande. Tudo começou com o ajuntamento tuga antes da dita cuja, onde o Porto dentro da garrafa desapareceu enquanto o Pinto da Costa esfrega um olho (alguém me pode dizer o que é que se passa com esse senhor? se foi condenado por alguma coisa, o caso caiu no esquecimento, algo?) e depois foi a festa, em que o pessoal se mostrava muito admirado quando eu desaparecia em direcção ao bar munido de uma senha e voltava com 2 cervejas... aqui as regras também são para ser cumpridas, excepto quando aparece um português mais habituado a ter que as contornar do que propriamente a "chegar a horas". Resumindo, depois de um dia em Amesterdão, uma noite de festa, 3 horas de sono, mais um dia alucinado (o último do evento) e uma festa de arromba fui para o aeroporto. Não sem antes deixar a bicicleta no Control Point do evento (para receber a minha caução de volta); a piada disto estava em alguém ter visto um gajo a andar de bicicleta com uma mochilona às costas, uma guitarra numa mão e a andar aos "esses" no meio das estradas desertas de Eindhoven, em vez de estar na caminha a descansar (ou não...). Quando cheguei ainda fui dar uma volta pela zona da City, entre a London Bridge e a Tower Bridge, um passeio do melhor que há, pelos barezinhos meio medievais, zona meio industrial recuperada, com pessoal sentado em cadeiras de lona no meio de ruazinhas pequenas a lerem o jornal. Uma Londres que ainda não tinha visto e que gostei de saber que existe.
Hoje decidi que precisava de começar a tentar recuperar os (quase) 5 quilos que perdi durante esta semana, indo a um novo sítio de escalada (novo para mim), onde fiquei surpreendido por ter entrado de borla. Ok, explicando, cheguei às 17.15 não sabendo que aquilo fechava às 18. Um dos gajos que trabalha lá disse-me "it pleases me a lot to tell you that we close at 18", "so that you can go home?", "no, this way I can go to a pub!", mas deixou-me entrar e andar por lá uma beca sem ter que pagar. Fiquei admirado porque aqui o pessoal é mesmo muito rígido com as regras. Na viagem de volta de autocarro conheci um bacano nos seus 50, das Barbados, que como não tinha mais nada para fazer num Domingo à tarde, e como andar grandes distâncias cansa, meteu-se no autocarro para dar um passeio pela cidade! A sorte do homem encontrar um tuga que lhe deu conversa! :) Fiquei a saber por quem já cá anda à mais tempo, que apesar de eles comprirem muito as regras todas e chegarem sempre a horas são tudo menos produtivos. Ex: 5 minutos depois de uma mulher chegar ao escritório já está a fazer o primeiro dos 5 chás que vai beber durante a manhã. E que os bifes são burros como tudo, que estudam que se fartam, que se orgulham do seu grau académico, mas depois não sabem dizer onde são as Maurícias, ou que Portugal não é uma província de Espanha (isto já me aconteceu por cá!!). Enfim, foi um dia fixe.

Time to desintoxicate from the trip ;)

Chegada a Eindhoven

Este post foi escrito a 11/04, mas como não tinha acesso ao blog, não o pus lá. Vai hoje ;)

Oi pessoal!!

Desculpem nunca mais ter dito nada, só que paciência e tempo sao coisas que vao fugindo... :P Digamos que andei a gastar bem o meu tempo ;) Há uns dias atrás o Gonçalo e o Tomaz, dois amigos da FCT vieram visitar-me. Dei-lhes o que Londres tem aos montes... chuva! Enfim, deu para nos divertirmos e na sexta-feira começámos a nossa viagem para Eindhoven com uma private party na zona perto de Brixton. Foi excelente, passadas umas horas lá estavamos nós,
totalmente bezanos, com menos de uma hora para chegar a uma estação e apanharmos o autocarro para Stansted, o aeroporto... típico!
Já em Eindhoven deu para perceber logo que o pessoal é relaxado (deve ser da erva) e divertido, manda piadas, ri-se... tá-se bem! A tarde serviu para dormir e repor as energias para as gastar mais tarde num sítio onde só chove (um gajo baza de Londres e ainda assim apanha chuva... vá, digam-me lá que por aí está um tempo do caraças... que vão para a praia, que está sol... ;) a toda a hora. Bem, antes de sairmos, bebemos uma beca (por aqui tambem é caro) e
depois de falar com um dos maiores janados que já encontrei (estava no quarto ao lado, na pensão) e ele me ter ensinado muita coisa, mais do que poderia alguma vir a saber, sobre ervunsca :P desci para uma coffee shop chamada Pink.., má ideia... white widow home grown, também conhecida como "indoor growing" do mais forte que há deixou-me a ver tudo
uma beca estranho. Acho que tive uma "bad trip"... o contraste de tudo comecou a aumentar e só via tudo numa gama de claros e escuros). Não falava, não me levantava, só me queria deitar e arrochar e foi então que percebi que uma coffee shop é provavelmente um dos piores sítios para fumar uma (quer dizer, na sala com os pais também é capaz de ser má ideia), porque quando me apeteceu relaxar e deitar para trás, tal como faria numa qualquer praia do nosso Portugal, não podia... estava num normalíssimo café, com todas as regras de etiqueta que um café tem, só que este vende erva.
Neste momento estou a ouvir o "Insomnia" dos Faithless, uma mix meio marada, e o gajo diz algo como "I only smoke weed when I need to... get some sleep and relaxation", devia ter-lhe dado ouvidos mais cedo, porque a ideia era sair e curtir... acabei por ir directamente para a
cama.
Hoje comecou o encontro, a Europen Week Eindhoven, e já tenho a minha bicicleta (toda a gente, as 400 dela, tem uma!) e uma bezana fixe. Estou-vos a escrever, após 3 cervejas cá do sítio (são maiores...) de um portátil da gaja, em cuja casa casa vou ficar. Não comecem a fazer filmes... estou cá com mais os dois tugas que vieram comigo, e mais 3 sérvios (uma gaija e dois gajos). É fixe porque estou a praticar o meu croata e o pessoal até é fixe. Bem, esta casa é um must. Vivem cá 8 pessoas, tudo estudantes e o ambiente é do melhor que há, parece uma República,
em Coimbra, as paredes estao todas pintadas. Há uns dias houve aqui uma mega festa (o chão ainda cola) e no fim desta semana ainda vai haver outra. Isto para além das outras a que vou por causa da European Week.
Outras coisas... bem, loiras é o que nao falta por esta terra, mais a bonecada russa, croata, ucraniana, a frivolidade do norte, suecas, dinarmarquesas, etc (tchiiii, as palavras que eu uso quando estou assim...)

Bem, já chega, o pessoal já me anda a chatear porque ando a ficar para trás nas cervejas... Time to "Top Up" ;)

Fiquem bem!